Uma espera de sete anos e sete meses chegou ao final na manhã desta sexta-feira. O Monumento à Literatura, obra icônica na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre que celebra o encontro entre os escritores Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana, voltou a receber o livro esculpido em bronze integrante do conjunto. A obra, praticamente idêntica à original, foi confeccionada pelo escultor e professor Mario Cladera e seu filho Sebastian, no atelier de ambos, no bairro Cidade Baixa, também na Capital.
A soldagem do material, que durou algumas horas, chamou a atenção do público que passou pela praça. A peça, modelada a partir de uma antiga agenda, recebeu reforço na segurança, com a instalação de dois pinos de aço, para evitar furtos, a exemplo do que aconteceu com a originalmente instalada, furtada em março de 2015 e não mais vista desde então. “Seria preciso quebrar a escultura no meio para remover o livro desta vez”, explica Cladera.
O trabalho de recriar a obra de oito quilos levou cerca de 30 dias para ser concluído, e um dos desafios foi manter a essência da escultura que retrata os escritores, criada por Xico Stockinger e Eloisa Tregnago, e inaugurada na Praça da Alfândega em 2001. Outro foi concluir os trabalhos até a 68ª Feira do Livro de Porto Alegre, que, neste ano, ocorre na praça entre 28 de outubro e 15 de novembro. O Monumento à Literatura costuma ser um dos locais mais fotografados pelos visitantes do evento.