A Copa do Mundo de 2022, que acontece no Catar a partir de novembro, deve deixar nos cofres do varejo brasileiro R$ 1,48 bilhões, um total de R$ 110 milhões acima do que foi vendido durante o mundial da Rússia. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que prevê aumento de 7,9% nas vendas na comparação com o volume registrado em 2018.
Do total, o levantamento aponta que mais de um terço deve ter como origem a compra do segmento de móveis e eletrodomésticos, com previsão de R$ 544,5 milhões em vendas. Em seguida vem o segmento de eletroeletrônicos e artigos pessoais, somando R$ 332,6 milhões.
Estimulada pelos jogos da Copa do Mundo, a venda de Smart TVs deve concentrar o volume de operações. Em setembro, triplicaram as importações de aparelhos na comparação com igual período do ano passado pois já foi registrado um 6,7% na pesquisa por estes modelos em lojas on-line, em comparação com agosto.
“A busca na internet costuma acelerar três meses antes do Mundial e, neste ano, como o campeonato será realizado a menos de uma semana da Black Friday, as compras devem ocorrer mais perto do próprio evento”, destacou o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes
A redução dos preços, segundo Bentes, persistiu em setembro. Os valores cobrados pelas TVs entre 40” e 49” caíram 5,8% na comparação com abril, passando de R$ 1.963 para R$ 1.849, em média. Jás as TVs menores, de até 39”, tiveram redução menor, de 4,8%, passando de R$ 1.159 para R$ 1.103. Apenas os modelos com telas superiores a 50” apresentaram aumento no período, passando de R$ 2.413 para R$ 2.526, o que representa alta de 4,7%.