A deflação do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) se intensificou e chegou a 1,22% em setembro, depois de um recuo de 0,55% no mês anterior. A informação foi divulgada nesta quinta-feira,6, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), uma vez que os preços de commodities e combustíveis continuaram pressionando para baixo.
Conforme o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, a pressão para o consumidor em setembro aumentou, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que responde por 30% do IGP-DI – teve oscilação positiva de 0,02% no período.
“Os preços de commodities e combustíveis continuam a orientar a desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e do IPC. Contudo, o IPA antecipa maior contração das pressões inflacionárias. O índice de difusão – que mede o percentual de produtos e serviços com elevação em seus preços – vem apresentando importante recuo”, completou.
Segundo Braz, em setembro de 2021, 69% dos itens componentes do IPA tinham alta de preços, enquanto no mesmo mês deste ano o percentual caiu para 30%. No IPC, o número de itens com aumento de preço passou de 65% em setembro de 2021 para 58% em setembro de 2022.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou alta de 0,09% em setembro, repetindo a mesma taxa de agosto.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.