Os setores do comércio e de serviços estimam abrir 94,7 mil vagas temporárias até o final do ano em todo o país, com média de 1,5 funcionários contratados temporariamente por empresa. O número é inferior ao registrado na mesma pesquisa de 2021 (105.723 vagas), e também é menor que o de 2019 (103.211 vagas). O levantamento foi realizado em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.
O resultado reflete um pessimismo dos varejistas com o aumento significativo da demanda que justifique as contratações (35%), não ter verba suficiente para contratações (25%) e consideram encargos trabalhistas muito altos (19%). Já entre os empresários que pretendem contratar temporários, 77% justificam que há demanda no período.
Entre as empresas que farão contratações temporárias, 78% farão contratações com duração de até 3 meses. Considerando a forma da contratação, 49% afirmam que farão contratações sem carteira assinada, enquanto 48% farão contratações com registro. Outros 14% farão contratações de terceirizados.
As funções mais procuradas serão vendedores (29%), ajudantes (24%), balconistas (16%), cabeleireiros (7%), manicures (7%) e entregadores (6%). As mulheres são preferidas (25%) em relação aos homens (17%), embora a maioria (55%) afirme não se importar com o sexo dos funcionários. Mais da metade das empresas (61%) prefere jovens de 18 a 34 anos – a faixa etária média é de 28 anos.
A expectativa média de salário é de 1,36 salários-mínimos, o equivalente a R$ 1.648. A maioria (63%) ofertará vagas para jornada de trabalho entre 6 horas e 8 horas diárias. De acordo com os empresários, 30% pretendem iniciar as contratações em outubro, 26% em novembro e 17% em dezembro.