O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou, para baixo, sua estimativa de inflação para este ano a 5,7%. Na estimativa anterior, o instituto previa que o indicador chegasse a 6,6%. A expectativa tem como base o comportamento dos preços administrados, mas ainda acima do teto do intervalo de tolerância. A meta de inflação para 2022 é de 3,50% com margem de tolerância de 1,50 ponto percentual, para mais ou menos.
O Ipea passou a ver deflação dos preços administrados de 4,2% neste ano diante de cortes nos preços de combustíveis e do teto para as alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo. O instituto estima ainda ligeira desaceleração nos custos de produção, mas ainda vê certa resistência para o comportamento dos alimentos e dos serviços.
“No caso dos alimentos em domicílio, a aceleração prevista é decorrente dos expressivos reajustes de leites e panificados, ocorridos em junho e julho, que não devem ser compensados, mesmo diante da previsão de queda nos próximos meses. Já para os serviços, o aumento da projeção é resultado de uma alta mais forte que a esperada no trimestre anterior, além dos efeitos da manutenção da demanda, decorrentes do forte crescimento da massa salarial”, completou o Ipea em nota.