Após mudança na administração, Prefeitura de Canoas vistoria o Hospital de Pronto-Socorro

Instituto Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS) vai ser responsável por gerir casa de saúde pelos próximos seis meses

Foto: Hospital de Pronto-Socorro de Canoas/Divulgação

O prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques, acompanhado do secretário municipal da Saúde, Aristeu Ismailow, realizou, na tarde desta quinta-feira, uma vistoria no Hospital de Pronto-Socorro. A medida ocorre menos de um dia após o Instituto Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS) assumir a administração da casa de saúde.

De acordo com Nedy, o gesto serviu para conhecer os profissionais da empresa. “Estamos bastante seguros que nós vamos ter, durante o período em que tramita o processo licitatório definitivo, um serviço de saúde nos moldes que o nosso governo pretende e que a população necessita”, disse.

O secretário da Saúde, Aristeu Ismailow, aproveitou para detalhar a atual situação financeira da casa de saúde. “Faltam 9% ou 10% para equacionarmos o hospital para que o IACHS, que assumiu a gestão, pegasse o local sem nenhum passivo e, além disso, com estoque no depósito”, disse. O secretário também destacou que o plano operacional que está em execução no hospital é o mesmo que vai ser utilizado quando uma empresa assumir a gestão da instituição de forma definitiva.

Gestão emergencial

O IAHCS assumiu, nessa quarta-feira, a gestão do Hospital de Pronto-Socorro de Canoas. O contrato entre a entidade e a prefeitura da cidade, assinado ainda durante a madrugada, vale por 180 dias. A medida é emergencial, até que uma nova administração permanente seja selecionada pelo município. A prefeitura vai desembolsar mais de R$ 8,4 milhões por mês para manter a casa de saúde funcionando nesses moldes.

Imbróglio judicial

O HPSC permanecia sob intervenção da Secretaria Estadual de Saúde (SES) desde 8 de abril, quando a 2ª Vara Cível de Canoas determinou o rompimento do contrato com a antiga gestora, o Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni). A intervenção do governo estadual na casa de saúde expirou no último dia 27.

A relação da entidade e a prefeitura de Canoas é investigada pelo Ministério Público no inquérito que culminou com o afastamento do prefeito eleito da cidade, Jairo Jorge (PSD), em março. O contrato investigado entre a prefeitura de Canoas e a Aceni previa o repasse semestral de R$ 49,4 milhões.