A ex-senadora Ana Amélia Lemos disse hoje considerar positiva a desistência da Comandante Nádia (PP) da disputa ao Senado pelo Rio Grande do Sul. A candidata do PSD disse acreditar no apoio da grande maioria do antigo partido dela, pelo qual exerceu o mandato de senadora até 2018. “É positivo para mim, vários prefeitos e outras lideranças do partido estão me apoiando”, comentou. Ana Amélia atribuiu a relação com os prefeitos durante o mandato de senadora e o período em que esteve filiada como fundamentais para receber as manifestações de apoio de integrantes da sigla.
Horas depois do encontro entre Hamilton Mourão (Republicanos) e Nádia, a postulante ao Senado recebeu o apoio oficial de um grupo de prefeitos, vereadores e lideranças políticas dos progressista de diversas cidades do Interior e da região Metropolitana, em ato realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O prefeito Leonardo Pascoal, de Esteio, era um dos organizadores do movimento.
Pascoal destacou que respeita a decisão da Comandante Nádia, porém reiterou que é uma posição pessoal, não do partido. De acordo com Pascoal, “o apoio a Ana Amélia é uma manifestação simbólica que representa muitas lideranças que, por questão de distância, não conseguiram se fazer presentes de última hora”. Para ele, Ana Amélia vai receber apoio da maioria dos filiados à sigla, embora considere normal que haja apoiadores de Mourão.
Além dele, participaram presencialmente lideranças como os prefeitos de Santo Antônio da Patrulha, Rodrigo Massulo, e de Minas do Leão, Silvia Lasek. A candidata a deputada pelo PRTB, Carmen Flores, também esteve presente. Ana Amélia agradeceu o respaldo. “Tenho enorme carinho pela família progressista, com quem sempre mantive uma relação muito próxima, de muito trabalho e produtividade”.
Ela também criticou Mourão e Nádia. Sobre a ex-candidata ao Senado, Ana Amélia disse que a vereadora vai ter que explicar um gasto de R$ 3,7 milhões do fundo partidário “jogado no lixo”. “Ela também teve direito a recurso da cota por ser mulher e agora está apoiando um homem”, acrescentou.
Ao vice-presidente, a crítica ficou por conta da propaganda eleitoral na qual acusa a ex-senadora “de morar há 40 anos em Brasília” e de ter sido “funcionária fantasma do marido”. “Eu lamento que ele esteja fazendo isso”, pontuou.
Em nota, o PP gaúcho liberou os filiados para escolherem o candidato que quiserem apoiar.
