A última semana de setembro poderá marcar um alívio depois da turbulência verificada na semana anterior nos mercados financeiros globais, com as diferentes decisões dos bancos centrais mundiais sobre as taxas de juros em seus países. Mas no cenário interno, novos indicadores deverão dar concentrar a atenção dos investidores.
A semana começa com o Relatório Focus do Banco Central. Na semana passada o documento estimou a inflação brasileira chegando ao final de 2022 com 6% no acumulado anual. Pelo menos é o que estimaram os economistas de 100 instituições do mercado financeiro no Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 19. Esta foi a décima segunda queda seguida da estimativa do mercado financeiro para a inflação deste ano.
Na terça-feira, 27, será possível conhecer a ata da última decisão de política monetária da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que escolheu manter a taxa Selic inalterada em 13,75% e encerrar a sequência de 12 elevações consecutivas nas taxas de juros no país que vinham ocorrendo desde março de 2021. Ainda na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que concentra a atenção por ser uma prévia da inflação no país.
Mas a semana reserva ainda dados sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de agosto, e que serão divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência. A importância dos dados tem relação com o momento em que o mercado de trabalho vem se mostrando bastante aquecido, o que preocupa a autoridade monetária pelos possíveis efeitos do emprego na inflação.
No dia seguinte, o Banco Central divulga seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A semana encerra com os não menos relevantes dados de inflação nos Estados Unidos e na Europa, o que deve alterar para o bem ou para o mal o humor dos investidores ao redor do mundo.
