Pedidos de recuperação judicial caem 33,3% em agosto, mostra Serasa Experian

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O número de solicitações de recuperação judicial apresentou uma queda de 33,3% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com os dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, foram feitas 74 solicitações de recuperação judicial frente as 111 realizadas no mesmo mês do ano anterior.

As micro e pequenas empresas foram aquelas que mais solicitaram pelo recurso, com 51 pedidos. Ainda assim, as empresas de menor porte tiveram melhora na análise anual, já que em agosto de 2021 marcaram 81 requisições. Os negócios de grande porte foram os únicos a revelar alta no período.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, as renegociações de dívidas e a melhora do cenário econômico são fatores que diminuem a necessidade das empresas em solicitar o processo de recuperação judicial.

“Os donos de negócios, fornecedores e credores continuam utilizando as ferramentas de renegociação para solucionar dívidas ao invés de solicitar a recuperação judicial, processo que é mais caro, burocrático e demorado. Além disso, as empresas estão performando melhor e impulsionando o cenário econômico”, diz.

Rabi explica que uma série de indicadores têm revelado um quadro mais positivo do que o esperado, como é o caso do PIB, que cresceu no segundo trimestre, a queda do desemprego e a diminuição da inflação.

Ainda na análise anual, apesar da baixa geral do índice, os setores de Serviços e Indústria registraram um aumento nas requisições de recuperação judicial, já para o Comércio e o segmento Primário o cenário foi de diminuição.

Falências crescem 11,6% no país

Ao contrário do cenário de recuperação judicial, os pedidos de falência aumentaram 11,6% em agosto na relação com o mesmo período do ano passado. O maior número de solicitações foi registrado para as micro e pequenas empresas (59), seguidas pelas médias (22) e grandes (25). A análise por setor revelou que o de Serviços foi o que mais demandou, com 39 requisições. Em sequência estava a Indústria (19), o Comércio (12) e o segmento Primário (4).