O trecho 1 da orla do Guaíba foi inaugurado em junho de 2018 em Porto Alegre, e a convivência entre pedestres e ciclistas sempre foi uma marca do local. O espaço, próximo a Usina do Gasômetro, é um dos mais visitados da Capital, com vista direta para a natureza. Porém, ainda há dúvidas sobre a utilização correta da passarela de concreto, mais próxima do Guaíba, e que percorre boa parte da extensão da orla.
A estrutura é compartilhada tanto por aqueles que caminham, correm e circulam de bicicleta. Mas, afinal, quem está certo? O arquiteto Alexandre Leão, morador do bairro Bom Fim, circulava de bicicleta pelo local e diz que, logo depois da inauguração, havia fiscalização da Guarda Municipal. “Acho que todos têm direito de circular por onde quiserem. É preciso que haja esta boa convivência, mas, claro, bom senso também, especialmente nos dias de semana, quando não há muito movimento”, afirma.
Também na opinião dele, a população acaba se apropriando dos espaços do parque naturalmente, cada um de sua forma. Já a funcionária pública Viviane de Oliveira, moradora do Centro Histórico, caminhava a pé pela área com seu cão. De acordo com ela, a pista da passarela é inclusive muito estreita, não permitindo que caminhantes, corredores e ciclistas consigam circular ao mesmo tempo. “Creio que houve uma falha no projeto em não permitir esta limitação de espaço. Sei que o próprio pedestre às vezes atrapalha um pouco quem corre”, comenta ela.
Embora haja atividades privadas no local, a área está sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), já que se trata de um parque. Procurada para comentar o assunto, a Smamus não se manifestou até o fechamento desta edição.