Prorrogado, por mais 6 meses, afastamento de Jairo Jorge do cargo de prefeito de Canoas

Medida protocolada pelo Ministério Público do RS teve parecer favorável da 4° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça

Foto: MPRS/Arquivo
A 4° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) decidiu, na tarde desta segunda-feira, aceitar o pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e manter Jairo Jorge afastado das funções de prefeito de Canoas por mais 180 dias.
“A decisão de afastamento não tem relação com o mérito do processo. Ela é uma decisão cautelar, que nós entendemos ser necessária também para o bom deslinde do processo. Mas o mérito é independente disso. As provas são extremamente fortes. Nós entendemos que a volta dele [ao cargo] representa um risco a tudo (…) a probidade, ao bom andamento dos processos”, pontua o procurador de Justiça Ricardo Herbstrith, um dos responsáveis pelo caso, ao detalhar os motivos que levaram o MP a renovar o pedido de afastamento junto à Justiça.
O primeiro pedido de afastamento do prefeito das funções, previsto para expirar no final da noite desta terça-feira, foi feito pelo órgão em janeiro deste ano, e passou a vigorar em 31 de março. Desde então, Jairo Jorge não exerce mais o cargo. Com isso, o vice Nedy de Vargas Marques assumiu como prefeito de Canoas.
Caso
Jairo Jorge é apontado como o líder de um esquema denunciado pelo MPRS por fraudes contra o município de Canoas. Conforme o órgão, o grupo, composto pelo prefeito afastado e outras 16 pessoas, é suspeito pela prática dos crimes de corrupção (ativa e passiva), lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato, relacionadas à dispensa de licitação e contratos para prestação de serviços terceirizados de limpeza e copeiragem, entre 2020 e 2021.