Passeio Pedalando pela Vida conscientiza sobre doação de órgãos em Porto Alegre

ViaVida Pró-Doações e Transplantes realizou a 9ª edição do evento nesta manhã

Dia Nacional pela Doação de Órgãos é celebrado na próxima terça-feira (27) - Foto: Especial / Divulgação

A ViaVida Pró-Doações e Transplantes realizou o 9º Pedalando pela Vida na manhã deste domingo, em Porto Alegre, com o objetivo de esclarecer e conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. O passeio ciclístico começou com um primeiro grupo no Paço Municipal, no Centro. Depois juntou-se a um outro grupo que aguardava perto da Usina do Gasômetro, prosseguindo todos ao longo da Orla do Guaíba. A EPTC prestou apoio.

“O que a gente quer levar nesse momento para as pessoas é pensarem sobre a saúde, que fazer um exercício é saudável e ajuda a viver bem, além da doação de órgãos”, enfatizou a presidente voluntária da ViaVida Pró-Doações e Transplantes, Maria Lúcia Kruel Elbern. “O mês todo é o Setembro Verde, pela doação”, ressaltou, mas enfatizando que é preciso continuar a campanha “de setembro a setembro”, disse.

Ela lembrou que este domingo, dia 25 de setembro, é o Dia Mundial do Pulmão e na próxima terça-feira, dia 27, é a vez do Dia Nacional pela Doação de Órgãos. “No dia 29 é o Dia Mundial do Coração”, adiantou. Nesse sentido, um material alusivo às duas datas foi distribuído durante o passeio ciclístico.

Conforme Maria Lúcia Kruel Elbern, a entidade nasceu em 1999, a partir do momento em que um dos filhos dela, então com 15 anos, necessitou de um transplante de rim devido à insuficiência renal. “Não tinha ninguém compatível na família, então tinha que esperar na lista”, lembrou. “Vi que meu filho ia passar a juventude dele em uma lista. As pessoas ficavam quatro, cinco anos na lista de espera”, observou.

“Aí comecei o trabalho, me reuni com outros familiares de pessoas em lista. Nem tinha campanha de doação. Então resolvemos fazer material gráfico. A gente ia para sinaleiras, onde desse a gente estava lá distribuindo informação sobre o processo de doações e transplantes, que é o que a gente faz até hoje também”, explicou. Em meados do ano de 2000, quando ocorreu a fundação oficial da entidade, os voluntários chegavam a 23 e atualmente estão em cerca de 75. A sede da associação fica na Capital.

Entre as atividades da entidade está a realização nas escolas de um programa educacional voltado aos alunos até a sexta série do ensino fundamental, tendo uma tartaruguinha que perdeu o casco como personagem da contação de história através da dramatização com bonecos. “Isso vem acontecendo desde 2015”, frisou Maria Lúcia Kruel Elbern, acrescentando que o trabalho de conscientização também é feito em faculdades e empresas.

“Em 2006, nós demos conta que, se o foco é diminuir a lista de espera, porque não ajudar que menos pessoas entrem na lista. Então começamos a trabalhar também com prevenção, como cuidar dos diversos órgãos”, afirmou.

Em relação ao passeio ciclístico, Lúcia Kruel Elbern esclareceu que as edições de 2020 e 2021 não foram realizadas devido à pandemia. Naquele período, assinalou, os transplantes foram suspensos por receio da Covid-19. “Teve muitas mortes de transplantados”, lamentou. “Agora estão retomando, mas as famílias estão mais resistentes à doação”, constatou.

Lúcia Kruel Elbern contou que o filho fez o transplante humano depois de ter ingressado na lista de espera. “Ele está bem, trabalha muito, casado, tem filho”, resumiu. A ViaVida Pró-Doações e Transplantes já recebeu diversas premiações pelo trabalho social e em saúde realizado, visando fortalecer a cultura da doação de órgãos e tecidos, além de disseminar cuidados com a saúde e os diversos órgãos para diminuir a lista de espera por um transplante. A sede fica na rua São Mateus, 815, no bairro Jardim do Salso, na Capital.