Cada dez pessoas com deficiência que buscavam um emprego, sete estavam fora do mercado de trabalho. É o que revela o relatório “Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil” divulgado nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de 2019. O documento aponta que a taxa de participação dessa população no mercado no ano da pesquisa era de 28,3% – menor do que a de pessoas sem deficiências, de 66,3%.
O distanciamento entre os dois perfis de trabalhadores também acontece no salário, onde as pessoas com deficiência recebiam um valor médio de R$ 1.639 mensais, comparado com o rendimento médio de R$ 2.619 das pessoas sem deficiência.
Segundo relatório, o país tinha, em 2019, 17,2 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 8,4% da população. A taxa de emprego formal (com carteira assinada) aponta que apenas 34,3% das pessoas com deficiência em atividade estão nesse formato, enquanto a proporção é de 50,9% entre aqueles que não têm tal condição.