Semana de super quarta na política monetária no Brasil e nos EUA

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

A semana na economia será marcada pela super quarta-feira, 21 de setembro. É neste dia, ao final da tarde, que serão conhecidas as definições para a política monetária do Federal Reserve – o Fed, banco central norte-americano – e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. E antes desses anúncios, as incertas movimentam os mercados financeiros em todo o mundo.

Na central de apostas, há possibilidade para uma elevação da taxa de juros nos dois casos. A expectativa dos analistas é que o Federal Reserve eleve os juros em 0,75 ponto percentual, para o intervalo entre 3,0% e 3,25%. Um grupo, entretanto, diante dos dados de inflação ao consumidor americano de agosto levanta a possibilidade de um movimento ainda mais agressivo, de um ponto percentual.

No Brasil, as indicações são divididas entre a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, atual, nos 13,75%, ou uma elevação de 0,25 pontos percentuais, pelo menos. Desde março do ano passado, o Copom subiu os juros por 12 vezes consecutivas e a Selic, que estava em 2%, passou a 13,7%. Nas justificativa para este aumento estão os indicativos de que os dados de inflação aqui e lá fora não estão completamente domados. A reunião do Copom começa na terça-feira, 20, e acaba na quarta-feira, 21.

As mesmas definições serão tomadas nesta semana pelo Banco da Inglaterra (BoE), adiada em função da morte da rainha Elizabeth II, além das autoridades monetárias da China, Suíça e Japão.

Além disso, já nesta segunda-feira, teremos o Relatório Focus com as expectativas de analistas do mercado financeiro. Na semana passada, pela décima primeira vez consecutiva, o documento trouxe uma redução de 6,61% para 6,40% a estimativa de inflação para 2022 e também elevaram a previsão de crescimento da economia.

A consulta com mais de 100 instituições financeiras na semana passada revelou ainda uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 2,26% em 2022, contra 2,10% previsto anteriormente.