A inflação brasileira deverá chegar ao final de 2022 atingindo 6% no acumulado anual. Pelo menos é o que estimam os economistas de 100 instituições do mercado financeiro no Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 19.
A estimativa reduz de 6,40%, contida no documento da semana passada, para 6% este ano e também elevaram a previsão de crescimento da economia. Esta foi a décima segunda queda seguida da estimativa do mercado financeiro para a inflação deste ano.
A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. No entanto, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021. Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos, estimativa mantida no Relatório Focus.
O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O novo aumento acontece após a divulgação do resultado do segundo trimestre, com alta de 1,2%. A previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 2,65% em 2022, contra os 2,39% previstos anteriormente.
O mercado financeiro estima ainda que o dólar feche 2022 em R$ 5,20. Já a Balança comercial, conforme o Relatório Focus, deverá ter um saldo (total de exportações menos as importações) com recuo de US$ 66,9 bilhões para US$ 65 bilhões de resultado positivo em 2022.
