O brasileiro mudou seu comportamento no consumo de pescados, pois até fevereiro de 2020, a procura por esses itens em supermercados, feiras livres e peixarias, que estava em alta até fevereiro de 2020. Um levantamento da Embrapa Pesca e Aquicultura mostra que quase 27% da população reduziu o consumo e que 4,27% dos consumidores cortaram a compra do produto.
Antes do coronavírus, 21,79% dos consumidores tinham o hábito de comprar pescado em hipermercados, 20,23% preferiam adquirir em feiras ou peixarias e 3,13% em atacadistas. Depois de fevereiro de 2020, houve um incremento na preferência pelos hipermercados (29,91%), delivery (8,69%) e atacadistas (3,56%).
Já o consumo de produtos congelados subiu de 22,36% para 27,49% com preferência por peixes e frutos do mar congelados. Conforme técnicos da Embrapa, um dos motivos é a desconfiança do consumidor em relação à qualidade dos peixes frescos.
O estudo, feito com 702 pessoas de todas as regiões do país e 13 indústrias do segmento, analisou ainda a percepção de 13 frigoríficos de pescados das regiões Norte, de pescados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Mais da metade das indústrias relataram dificuldades para a aquisição de insumos durante a pandemia, como demora na entrega de embalagens, falta de material de limpeza, equipamentos de proteção individual, cloro e falta de salmão no mercado.