Os analistas do mercado financeiro reduziram, pela décima primeira vez consecutiva, de 6,61% para 6,40% a estimativa de inflação para 2022 e também elevaram a previsão de crescimento da economia. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central, depois de uma consulta com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Apesar disso, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021. Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem aumentado a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos. Esta taxa é mantida, pelos analistas, como a estimativa para o final do ano.
O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 2,39% em 2022, contra os 2,26% previstos anteriormente. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Com relação ao dólar, as estimativas do mercado financeiro, segundo o BC, é chegar no fim de 2022 em R$ 5,20, a mesma da semana anterior. Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 68 bilhões para US$ 66,9 bilhões de resultado positivo em 2022.