Eleições 2022: Onyx fala sobre privatizações e promete mudança no cenário do RS

Ao programa ‘Agora’, da Rádio Guaíba, ele disse que a perda de dinheiro público através de empresas estatais é ‘politicagem’

Onyx Lorenzoni foi o entrevista do programa Agora da Rádio Guaíba | Foto: Jefferson Bernardes/ Agência Preview

Nesta segunda-feira (12), o candidato ao Palácio do Piratini, Onyx Lorenzoni (PL), foi entrevistado pelo programa ‘Agora’ da Rádio Guaíba. Ele falou sobre as suas motivações de campanha, a sua discordância em relação às privatizações do Banrisul e Corsan, responsabilidade fiscal e promessas de governo. Entre indagações referentes à gestão do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e propostas de campanha, o candidato concluiu a entrevista dizendo que aspira ser a transformação para o povo gaúcho. Oito dos candidatos ao Palácio Piratini se encontram no dia 21 de setembro no debate promovido pela Rádio Guaíba e pelo Correio do Povo, no teatro da Amrigs.

No início da entrevista, ao ser questionado sobre suas motivações para a tentativa de eleição ao governo do Estado, Onyx disse que foram momentos de muitas reflexões juntamente com sua esposa Denise, e que juntos, decidiram trazer a proposta de um governo familiar para o RS. Além disso, afirmou que seus anos como ministro foram uma preparação. “O período que passei no governo me capacitou para este grande desafio”, comentou o candidato.

Em relação às privatizações, Onyx se mostrou contra ao “despreparo e (a) desqualificação”, ao se referir à administração de Leite. De acordo com o candidato, as empresas públicas “precisam servir aos cidadãos e não em benefício de outro alguém”. A fala foi em relação a possíveis ganhos das empresas pelas privatizações, e concluiu que “foram 3 anos e meio de politicagem.”

Para Onyx, foram feitas “politicagens” com ganhos externos e que isso impactou na diminuição do valor de empresas públicas. No caso do Banrisul, porém, “se parar com a politicagem”, ele teria valor ampliado para R$ 20 ou R$ 25 bilhões. detalha. Também afirmou que “todas as privatizações alguém ganhou, e não foi o povo gaúcho.”

Ele prometeu acabar com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), uma empresa estatal, criada para administrar as estradas com pedágio pertencentes ao Estado no primeiro trimestre, pois só “serve de cabide para empregos”, segundo o candidato.

Sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual foi ministro, o candidato falou que ocorreram avanços “de maneira considerável nos últimos 3 anos e meio”. Destacou as promessas de aplicação de programas nacionais no Estado, como o programa Criança Feliz, que prevê auxílio para crianças em situação de vulnerabilidade de zero a 36 meses. “As crianças terão a mesma condição dos nossos filhos e netos”, prometeu Onyx.

Referente à responsabilidade fiscal e aos impostos, o candidato falou sobre as perdas que o Estado teve em função dos altos impostos, como por exemplo, a desistência da instalação do Centro de Distribuição (CD) de uma grande empresa na região metropolitana de Porto Alegre. “Perdemos aqui o Mercado Livre em função da questão tributária”, pontuou. Trouxe ainda as desvantagens da localização do Estado por ser no “Sul do Sul” e disse que acredita que a vantagem precisa ser a carga tributária. Disse que os governos do Estado têm seguido a lógica “dane-se o cidadão e viva a corporação” e prometeu que em seu governo será o contrário “dane-se a corporação e viva o cidadão”.

Sobre a situação do IPE Saúde, avaliou que, ter uma dívida tão grande com o plano de saúde dos servidores públicos, é “colocar em risco a saúde da população gaúcha”. Adiantou já ter um nome para coordenar este processo. Sobre inovação e tecnologia, disse que a pauta está crescendo dentro das universidades públicas do Rio Grande do Sul, como a Universidade de Caxias que possui um hub de tecnologia.