Mercado reduz previsão de inflação no ano para 6,61%, a décima queda seguida

Os economistas do mercado financeiro reduziram de 6,70% para 6,61% a estimativa de inflação para este ano e também elevaram a previsão de crescimento da economia. Esta foi a décima queda seguida da estimativa do mercado financeiro para a inflação deste ano. A informação consta do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo Banco Central, com o resultado de consulta feita com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

A nova redução da estimativa de inflação em 2022 coincide com o corte de impostos sobre itens essenciais, como combustíveis e energia elétrica, com impacto na inflação e nos preços de vários itens de consumo. A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. No entanto, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021, com o indicador na casa dos 7%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic para chegar nesta meta. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos, percentual mantido nas previsões do mercado.

O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O novo aumento acontece após a divulgação do resultado do segundo trimestre, com alta de 1,2%. A previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 2,26% em 2022, contra 2,10% previsto anteriormente.

A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. O mesmo comportamento aconteceu com a projeção para a balança comercial, cujo saldo projetado permaneceu em US$ 68 bilhões de resultado positivo em 2022.