Três homens, apontados como proprietários de duas bancas do Mercado Público de Porto Alegre, foram presos nesta segunda-feira (5) em operação da Polícia Civil e do Ministério Público. A força-tarefa, que recebeu o nome de “Gato por Lebre”, investiga oito peixarias e uma câmara fria do centro comercial, suspeitas de crimes contra as relações de consumo.
As autoridades identificaram irregularidades em quatro estabelecimentos. Eles expunham à venda pescados sem indicação de procedência, incluindo espécies ameaças de extinção e de pesca proibida, acondicionados fora da temperatura ideal e em precárias condições de higiene. Mais de 1,5 tonelada de peixes e camarões foram apreendidos.
Segundo a Polícia Civil, sete das oito bancas no Mercado Público promovem a substituição de espécies – ou seja, apresentam o produto no balcão usando o nome de espécies mais nobres quando, na verdade, são de valor comercial baixo. Exames de DNA comprovaram que o atum, por exemplo, na verdade era o bonito listrado.
Os comerciantes presos em flagrante podem pegar de um a três anos de prisão, além de multa. Os demais investigados poderão responder por induzir o consumidor a erro, bem como pelo transporte e comércio de pescados proibidas.