A Polícia Federal encerrou uma investigação contra o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, e entendeu que ele não cometeu crime de tráfico de influência. A ação havia sido movida pelo Ministério Público Federal no ano passado. O relatório final da PF chegou à Justiça Federal de Brasília nesta terça.
De acordo com a acusação que embasa o inquérito, o filho do presidente se valia da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia para articular contatos entre representantes de um grupo empresarial do setor de mineração e o então ministro do Ministério do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Em troca da articulação, segundo o MPF, Jair Renan recebeu um carro elétrico, avaliado em R$ 90 mil. Um mês após receber o veículo, os empresários que fizeram o repasse do automóvel se reuniram com Rogério Marinho, em um encontro agendado por um assessor da Presidência.
No entanto, de acordo com o relatório final, não foram encontrados elementos suficientes para caracterizar o cometimento de crime por parte do filho do chefe do Executivo nacional.
Em abril deste ano, o acusado prestou depoimento em relação ao inquérito. Acompanhado do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, ele negou ter se envolvido em irregularidades e disse ter mantido contatos com os empresários citados na investigação por conta do trabalho que exerce como influenciador digital.