Obra em reservatório do Dmae altera trânsito na região do Parcão a partir de sábado

Ação é complexa e prevê remoção de árvores que provocarão bloqueio para pedestres

Foto: Pedro Piegas/PMPA

Uma obra no reservatório do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), no bairro Moinhos de Vento, vai alterar o trânsito na região do Parcão. Os serviços, que terão início no próximo sábado, devem durar cerca de 30 dias e provocar bloqueios totais fora do horário de pico. Em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira, o Dmae explicou que a ação é complexa e que a remoção de árvores vai provocar também o fechamento de uma rua para pedestres, mantendo apenas o acesso local controlado.

Tudo começa com a remoção de três árvores na Mostardeiro, entre as ruas Miguel Tostes e Mariante. O trecho vai ser bloqueado para trânsito, por cerca de duas semanas, das 7h30min às 17h, com liberação no horário de maior pico. Depois da retirada das árvores, começa o processo de escavação da via para reparos no reservatório, que deve durar cerca de 15 dias.

Ainda segundo o órgão, não deve ser afetado o abastecimento de água, já que o reservatório está isolado. Após o conserto da tubulação e encerramento do
serviço, porém, começa a marcha de carga do Reservatório Mostardeiro, quando podem ocorrer reclamações de turbidez e de qualidade da água. Para minimizar esses efeitos, podem ser realizados processos sequenciais de lavagem do reservatório e expurgo, com abertura de hidrantes em diversos pontos da rede. O monitoramento da rede de abastecimento na região vai ser maximizado nesse período, identificando essas alterações.

Desvio
O desvio em razão do bloqueio da Mostardeiro vai ser feito pela Miguel Tostes, com os condutores pegando, em seguida, a Castro Alves, à esquerda, e depois a Mariante, também à esquerda, até o retorno à Mostardeiro. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) orienta os motoristas a não utilizarem a saída do Centro pela parte alta, com itinerário que utilize a avenida Independência.

As alternativas serão utilizar as saídas pela parte baixa: avenida Farrapos, avenida Voluntários da Pátria, avenida João Pessoa ou túnel e avenida Osvaldo Aranha. A região deve ser monitorada, com o ajuste dos tempos semafóricos conforme o movimento para reduzir o impacto na mobilidade.

O hospital Cruz Azul vai ter acesso local para o acesso de pacientes. Os responsáveis pelos deslocamentos dos alunos dos Colégios Marista Rosário e Nossa Senhora do Bom Conselho também devem estar atentos: para o Colégio Bom Conselho, a melhor alternativa é não usar a avenida Independência, chegando até a escola pela avenida 24 de outubro, sentido bairro ao Centro, ou pela rua Ramiro Barcelos. Já os alunos do Colégio Rosário devem ser deixados no edifício garagem, na rua Irmão José Otão, com os motoristas seguindo pela rua Sarmento Leite e avenida Osvaldo Aranha ou avenida Loureiro da Silva, evitando a avenida Independência.

Moradores, trabalhadores e clientes da região poderão acessar os edifícios localizados na quadra bloqueada.

Sobre o trabalho
Conforme o Dmae, o reservatório a ser reparado existe desde a década de 1950. O volume de reservação é de 24 milhões de litros de água e atende cerca de 160 mil moradores dos bairros Auxiliadora, Azenha, Bela Vista, Bom Fim, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Floresta, Independência, Jardim Botânico, Menino Deus, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Partenon, Petrópolis, Praia de Belas, Rio Branco, Santa Cecília, Santana, São João e Três Figueiras.

A investigação de um vazamento no local começou em maio e a estrutura está vazia desde 4 de julho. Após a identificação do problema, o Dmae estimou que o vazamento é de 50 litros por segundo, o que é suficiente para abastecer 21,6 mil pessoas todos os dias.

Para a manutenção da tubulação, vai ser preciso escavar a via pública. Também deve ser demolida a sala de medição, que pode desestabilizar o talude acima onde há duas árvores de grande porte, sendo uma delas uma falsa seringueira e a outra uma paineira. Também vai ser removida uma árvore de médio porte. A retirada da vegetação é necessária para que não haja risco da queda das árvores sobre a via, sobre muros e sobre fios de alta tensão. O Dmae explicou que, para isso, há liberação ambiental aprovada pela Fepam.