Pela segunda vez, Monique Medeiros deixa presídio no Rio após decisão do STJ

Mãe do menino Henry Borel teve liberdade concedida por ministro que afirmou não haver fundamentos para a manutenção da prisão

Foto: Brunno Dantas/TJ-RJ

A mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, deixou o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na zona Oeste do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira. Acusada de participar da morte do filho, a professora teve a liberdade concedida por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na última sexta.

Monique teve o alvará de soltura expedido hoje pelo juiz Daniel Werneck Cotta, em cumprimento à determinação do ministro João Otávio de Noronha, da 5ª Turma do STJ), que acatou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa da professora. Para Noronha, não há fundamentos para a manutenção da prisão da ré. Por falta de justificativa legal, a mãe de Henry vai responder ao processo por homicídio triplamente qualificado em liberdade.

Por outro lado, o magistrado manteve a prisão do ex-vereador Jairo Santos Souza Júnior, o Jairinho, ex-namorado de Monique e também acusado de matar Henry. De acordo com o ministro, contra ele existem indícios diretos de participação na morte do menino.

Essa é a segunda vez que Monique deixa a cadeia desde a prisão, em abril de 2021. Um ano após ser detida, ela teve a liberdade provisória garantida pela juíza Elizabeth Machado Louro, após alegar que sofria ameaças no presídio.

Em junho deste ano, a professora voltou a ser presa em decorrência de uma decisão do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto. Ao entrar na cadeia de Bangu, Monique chegou a dividir cela com a delegada Adriana Belém, mas um conflito entre as duas levou a mãe de Henry a ser encaminhada a uma cela especial.