Os três policiais militares investigados pela morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, em São Gabriel, na fronteira Oeste, prestaram depoimento à Polícia Civil. Os interrogatórios foram realizados neste sábado, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.
Os detalhes dos depoimentos não foram divulgados por conta de o processo estar correndo em segredo de justiça. No entanto, a Polícia Civil deve concluir o inquérito até a próxima quinta-feira, data em que o prazo de dez dias para conclusão das investigações será esgotado, em virtude dos réus estarem presos – no presídio militar – por determinação judicial.
Neste domingo, os três PMs voltam a prestar depoimento à Corregedoria da Brigada Militar. A corporação também instaurou um inquérito para esclarecer o que aconteceu na noite de 12 de agosto, quando o jovem foi visto pela última vez.
Em coletiva de imprensa realizada nessa sexta-feira, a cúpula da Segurança Pública gaúcha divulgou partes dos laudos periciais. Até o momento, os documentos constataram que o jovem não estava sob o efeito de drogas, mas tinha no corpo alto teor alcoólico. No entanto, no entendimento Instituto-Geral de Perícias (IGP), parte disso se deve ao processo de decomposição. O órgão também revelou que os exames apontaram que o corpo do jovem ficou ao menos cinco dias no açude.
Caso
Gabriel ficou uma semana desaparecido, tendo o corpo encontrado morto em um açude, na localidade de Lava Pé, na noite de sexta-feira da semana passada. Morador de Guaíba, ele cumpria serviço militar obrigatório na cidade da fronteira Oeste. As investigações apontaram que os três policiais militares o abordaram e o levaram na viatura. O sepultamento ocorreu no domingo passado, em São Gabriel.
