A Polícia Civil apreendeu o carro pessoal do sargento investigado pela morte de Gabriel Marques Cavalheiro, em São Gabriel. O delegado Luís Eduardo Benites, diretor da 9ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (9ªDPRI), confirmou a medida, nesta quinta-feira. Benites não informou o modelo do veículo e disse que “o motivo se relaciona com os fatos investigados”.
Segundo o delegado, nove policiais que cumpriam expediente no dia da abordagem foram ouvidos nesta quarta. Ele também confirmou que a mulher que acionou a BM na noite do desaparecimento de Gabriel também já prestou depoimento. Além disso, enfatizou que os laudos que devem chegar do Instituto-Geral de Perícias (IGP) são fundamentais porque devem determinar a causa da morte.
O advogado Maurício Custódio, que representa o policial militar junto com o colega Ivandro Bitencourt Feijó, afirmou que desconhece o auto de apreensão do veículo. Ele também disse que recebe com surpresa os mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados.
“Nos surpreende a busca feita por meio de ordem judicial, quanto a defesa despachou com a autoridade policial um dia antes, colocando-se à disposição para colaborar com as investigações. Acreditamos ser totalmente desnecessário esse tipo de medida coercitiva quando presente a possibilidade de colaboração da defesa, pois reiteramos várias vezes a inocência dele”, avaliou.
Caso
Gabriel ficou uma semana desaparecido e teve o corpo encontrado em um açude, na localidade de Lava Pé, na noite de sexta-feira. O jovem de 18 anos, morador de Guaíba, cumpria serviço militar obrigatório na cidade da fronteira Oeste. O sepultamento ocorreu em São Gabriel, na manhã de domingo.
As investigações apontaram que, acionados para verificar uma denúncia de importunação, três PMs abordaram Gabriel e o levaram na viatura, que ficou cerca de dois minutos estacionada em frente ao açude, na noite em que o jovem desapareceu.
