Venda de bens duráveis ficam 9,13% abaixo de fevereiro de 2020, diz FGV

Economia
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As vendas de bens duráveis encerraram o segundo trimestre de 2022 com um resultado 9,13% abaixo do nível registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia. Os dados foram divulgados no Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). A elevação dos juros, a pressão inflacionária e os altos patamares de endividamento e inadimplência das famílias estão entre os fatores que explicam a queda no setor.

O consumo de bens industriais no Brasil, que considera tanto os produtos nacionais quanto os importados, acumulou uma queda de 3,1% de janeiro a junho, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre as categorias de uso, o resultado de bens de consumo duráveis foi o mais negativo no período, com recuo de 8,0% no primeiro semestre, apontou o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais.

No período de um ano, os bens de consumo duráveis ficaram 12,02% mais caros na fábrica. As altas de preços mais relevantes – entre os aumentos registrados nos 12 meses encerrados em junho – foram as dos automóveis, motocicletas, refrigeradores, máquinas de lavar, móveis de madeira, fogões e eletroportáteis, entre outros, aponta o Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apura a inflação da indústria.