O procurador-geral da República, Augusto Aras, reuniu-se, nesta quarta-feira, com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e com os comandantes das Forças Armadas. A reunião ocorreu um dia após uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra empresários que falaram em golpe de Estado caso Jair Bolsonaro (PL) perca as eleições deste ano.
O encontro ocorreu fora da agenda do chefe do Ministério Público Federal, sendo divulgada apenas na do titular da Defesa. A reunião com o comandante do Exército, general Freire Gomes, com o almirante de Esquadra Almir Garnier, comandante da Marinha, e com o tenente-brigadeiro do ar Baptista Júnior, comandante da Aeronáutica, ocorreu na sede do Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios.
Aras trocou conversas com os empresários investigados por meio do WhatsApp. O conteúdo, obtido pela Polícia Federal, vai ser colocado à disposição do Supremo. Em nota, o procurador-geral da República afirmou não ter sido notificado com antecedência sobre a ação policial.
No entanto, o ministro do STF Alexandre de Moraes tornou público um documento assinado por um servidor do Supremo destacando que a PGR informou ter sido avisada um dia antes do cumprimento de mandados de busca e apreensão.