O Brasil chegará ao final de 2022 com uma inflação de aproximadamente 6,5% ou, talvez um pouco menor. A afirmação foi feita nesta terça-feira, 23, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em seminário sobre investimentos no Chile.
O presidente da autoridade monetária afirmou que, após a deflação observada em julho com medidas adotadas pelo governo, é possível que o país tenha um total de dois ou três meses seguidos com índices de preços negativos. Campos Neto explicou que nos últimos meses o Executivo anunciou cortes de tributos sobre itens considerados essenciais como combustíveis, reduções de tarifas de importação, além de reduções no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Em julho, o país teve uma deflação de 0,68% medida pelo IPCA, primeira variação negativa do índice desde meados de 2020. O presidente do BC voltou a afirmar que a instituição iniciou cedo o combate à inflação, mas que ainda é preciso aguardar para ter certeza de que a inflação está atingindo ponto de inflexão.
