Um júri popular em Ijuí, no Noroeste gaúcho, condenou, no fim da tarde desta terça-feira, o réu Mário Uhde, de 36 anos, a 7 anos e seis meses de reclusão, pelo crime de homicídio consumado. O processo era referente ao atropelamento seguido de morte do menino Keverton Eduardo Mokan Silva, de oito anos, na noite de 29 janeiro de 2012, no município vizinho de Nova Ramada. O réu também era acusado de causar lesões corporais graveis ao irmão da vítima, Kevin Mokan Veiga da Silva, de 11 anos, mas a Justiça entendeu que esse crime prescreveu.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o condenado, então com 26 anos, atropelou os irmãos, pelas costas, enquanto eles seguiam para casa a pé, em uma estrada de terra, depois de participarem de um jogo de futebol. Na data do crime, o teste do bafômetro apontou que Mário Uhde dirigia com 0,81 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expelido, quase o triplo do permitido por lei.
O condenado, ainda conforme a denúncia, escondeu-se em uma árvore, atrás de uma casa, próximo ao local, sem prestar socorro e sem ajudar nas buscas pelo menino que havia morrido atropelado. Keverton teve o corpo arremessado para fora da estrada após o choque com o veículo e morreu no local. O irmão mais velho ficou gravemente ferido e ficou com sequelas do acidente.