Turismo nacional cresce 33,5% no primeiro semestre, revela FecomercioSP

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O turismo nacional encerrou o primeiro semestre do ano com faturamento de R$ 94 bilhões, um crescimento de 33,5% em relação ao mesmo período de 2021. Os números são do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme a entidade, os dados exigem cautela na interpretação pois nos seis primeiros meses de 2022 houve um aumento expressivo de passageiros remarcando as viagens adiadas pela pandemia. Além disso, o faturamento tem sido influenciado, também, pela alta da inflação.

Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da Entidade, ressalta que os bons resultados dependem da percepção, tanto das famílias como do empresariado, de uma estabilização econômica.
“Como a inflação dos insumos não permitirá redução significativa dos preços, será necessário entender qual será a prioridade dada ao turismo nos próximos meses. Lembrando também que a Copa do Mundo no fim do ano pode ser, ao mesmo tempo, um catalisador e um desviador de demandas para o setor”, conclui.

No sexto mês do ano, o setor faturou R$ 16,4 bilhões, alta de 32,5% na comparação com igual período do ano passado. O destaque ficou por conta do setor aéreo, com faturamento de R$ 5,1 bilhões no mês – alta de 92,2% na comparação anual. Este desempenho superou em 5,2% o resultado de junho de 2019.

Com os bilhetes aéreos mais caros, os consumidores têm considerado distâncias menores na hora de viajar. Por isso, o transporte rodoviário se tornou uma opção. O “efeito de substituição” levou o segmento a crescer 15,5%, no contraponto anual.

Também avaliado no levantamento, o grupo de alojamento e alimentação faturou R$ 4,6 bilhões – alta anual de 25,4% (o montante, porém, é 12% inferior ao registrado no pré-pandemia). As demais altas registradas pelo levantamento foram observadas nas atividades culturais, recreativas e esportivas (17,1%) e no transporte aquaviário (11,6%).