Pela oitava vez consecutiva, os analistas do mercado financeiro reduziram de 7,02% para 6,82% a estimativa de inflação para este ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central e consta do relatório “Focus” a partir de respostas de mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
Também foi a primeira vez, desde 5 de abril, que a expectativa de inflação do mercado para este ano fica abaixo da marca de 7%. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2022 é de 3,5%, e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
O Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a inflação registrou queda de 0,68% em julho, mas ainda acumula alta de 10,07% nos últimos 12 meses.
O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, e que apontam que a economia brasileira cresça 2,02% em 2022, contra 2% previsto anteriormente. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75% ao ano no fim de 2022. Atualmente, a taxa Selic fixada pelo Banco Central já está neste mesmo patamar, sendo que o Copom (Comitê de Política Monetária) vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
O Relatório Focus também aponta que a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Já para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 66,40 bilhões para US$ 67,20 bilhões de resultado positivo em 2022.