O consumo de energia elétrica no Brasil apresentou um crescimento de 2,6% em julho, comparado com igual período de 2021, atingindo 63.083 megawatts médios, impulsionado pela demanda no mercado livre de energia. Os dados foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) revelando que o consumo no mercado livre subiu 7,1% ante julho de 2021, a 23.458 MW médios.
Os dados de geração de energia da CCEE apontaram que as usinas hidrelétricas forneceram 45.022 MW médios de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em julho, volume 32,7% maior em relação ao mesmo período de 2021, devido à boa recuperação dos reservatórios.
Entre os setores que contratam livremente, as maiores altas foram observadas nas indústrias de madeira, papel e celulose (18,9%), bebidas (13,9%) e serviços (7,6%), e as maiores quedas vieram de têxteis (-4,1%) e minerais não-metálicos (-1,5%). Já no mercado atendido pelas distribuidoras, o consumo teve alta de 0,3%, a 39.625 MW médios, refletindo a elevação da temperatura em boa parte do país, com exceção da região Nordeste.
A CCEE aponta que o desempenho do consumo nos diferentes mercados tem sido influenciado por dois fatores estruturais do setor: a migração de cargas para o mercado livre e a expansão da geração distribuída de energia. Desconsiderando a migração de consumidores, o mercado regulado apresentou alta de 4,2% em julho, enquanto o livre também encerrou em alta de 2,1%.
Já no caso da geração distribuída —painéis solares instalados em residências e empresas—, a CCEE aponta que o mercado regulado teria apresentado maior crescimento do consumo em julho, de 2,5%.