A Polícia Civil de São Paulo aceitou o pedido de reconstituição do crime feito pela defesa do policial militar acusado de matar o campeão de jiu-jítsu Leandro Lo. O tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo está preso no Romão Gomes. Até o momento, não há data marcada para a reconstituição.
A petição foi assinada pelo advogado Cláudio Dalledone, que representa o militar suspeito de ter atirado na cabeça do lutador durante uma confusão em um show de pagode. O crime aconteceu no Esporte Clube Sírio, na zona sul de São Paulo, na noite do dia 7.
O pedido, segundo o advogado, tem como objetivo “elucidar as dúvidas consistentes que ainda emanam dos autos, especialmente acerca da dinâmica dos atores do evento, postura dos personagens, trajeto e trajetória do disparo efetivado”.
Segundo Dalledone, o tenente teria agido por defesa após ser cercado por seis lutadores durante a discussão.
Briga e morte
De acordo com o boletim de ocorrência, após uma breve discussão, Henrique foi até a mesa de Leandro com alguns amigos e passou a fazer gestos com uma garrafa da mesa. O lutador então tirou a garrafa da mão do policial com um golpe e o derrubou na mão, imobilizando-o. Amigos de Leandro Lo separaram a briga.
Em seguida, o agente de folga deu a volta na mesa, sacou uma arma e atirou na cabeça da vítima. Após o disparo, o policial ainda chutou o lutador duas vezes e fugiu.
Ainda no domingo (7), Henrique Velozo se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar e teve a prisão decretada. O homem foi encaminhado ao presídio Romão Gomes.
Na terça-feira (16), nove dias após o crime, a defesa do policial entrou com um requerimento à Polícia Civil solicitando a reconstituição do crime. O advogado ainda pediu ao 16° Distrito Policial, responsável pelas investigações, exames complementares no corpo de Leandro Lo, como de alcoolemia e toxicológico.