Após alerta de Zelensky, autoridades proíbem atos públicos no dia da independência da Ucrânia

Assassinato de Darya Dugina, filha do ideólogo e mentor de Putin, Alexander Dugin, também intensifica tensões entre os países

Foto: Reprodução/Twitter

A administração de Kiev, capital da Ucrânia, anunciou, neste domingo, a proibição de celebrações públicas alusivas à independência do país, que em 24 de agosto comemora os 31 anos de sua emancipação da União Soviética (URSS) em 1991. A medida ocorre após o presidente Volodimir Zelensky alertar que a data, que coincide com os seis meses da invasão rússa, pode motivar novos ataques do país comandado por Vladimir Putin.

“A Rússia poderia se esforçar para fazer algo particularmente repugnante e cruel”, declarou Zelensky, durante pronunciamento neste sábado. “Devemos ser fortes o suficiente para resistir a qualquer provocação”, complementou.

Motivadas pelo receio da intensificação de bombardeios ordenados por Moscou, autoridades vetaram aglomerações, entre os dias 22 e 25 de agosto, na capital ucraniana. Outras regiões adotaram medidas semelhantes,  como no caso da província de Kharkiv, que impôs o toque de recolher entre a noite de 23 de agosto e a manhã do dia 25.

A morte de Darya Dugina, filha do ideólogo e mentor de Putin, Alexander Dugin, em uma explosão nos arredores de Moscou, no sábado, adicionou um ingrediente a mais no caldeirão de tensões entre os dois países. Autoridades russas acusam o serviço de inteligência da Ucrânia de estar por trás do atentado, que, por sua vez, nega envolvimento no ocorrido.