A comoção pela morte do jornalista e locutor esportivo Armindo Antônio Ranzolin, nesta quarta-feira, ecoa em manifestações de pesar e homenagens. Uma das vozes mais conhecidas do rádio brasileiro, o comunicador faleceu aos 84 anos após enfrentar complicações da doença de Alzheimer.
Nesta tarde, a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg), da qual Ranzolin era membro, divulgou nota em que lamenta o falecimento do associado e o enaltece como ‘um dos maiores locutores esportivos de nossa história’. O comunicado da associação também declara que jornalista vai deixar ‘eterna saudade’.
Roberto Cervo Melão, presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), também manifestou pesar através de um comunicado. Na manifestação, Ranzolin é classificado como ‘um dos mais brilhantes profissionais do rádio gaúcho’.
Trajetória
Nascido em 8 de dezembro de 1937, Armindo Antônio Ranzolin era formado em Direito, mas sempre se mostrou um apaixonado pelas ondas do rádio. Começou carreira como repórter de campo, sob a gestão de Mendes Ribeiro, na Rádio Guaíba. Na Rádio Difusora, em Santa Catarina, teve a primeira oportunidade como narrador e ganhou destaque como subdiretor da emissora.
No ano de 1968, retornou à Rádio Guaíba, quando assumiu como segundo locutor. Cinco anos mais tarde, passou a ocupar o posto de número um da casa com a morte de Pedro Carneiro Pereira, em outubro de 1973.
Em 1984, despediu-se da emissora no jogo entre Grêmio e Náutico, válido pelo Campeonato Brasileiro. Em 1995, na final do Mundial de Clubes entre Grêmio e Ajax, anunciou a despedida dos gramados, mas seguiu atuando como comunicador e apresentador, na Rádio Gaúcha.
No ano de 2006, Ranzolin se aposentou e passou a se dedicar à família. Anos depois teve o diagnóstico de Alzheimer. O jornalista deixa a mulher, Yara Borges Ranzolin, os filhos, Cristina e Ricardo Ranzolin, e os netos Henrique Ranzolin, Manoela Ranzolin e Antônia Ranzolin Falcão.
