As prefeituras de Canoas, Gravataí e Cachoeirinha, cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, confirmaram nesta terça-feira (16) que trabalham em decretos de situação de emergência em razão do temporal registrado na noite passada. A tempestade, marcada pela queda de granizo, deixou um rastro de destruição nos municípios.
Em Canoas, algumas das principais ruas e avenidas estão com o trânsito interrompido em razão da queda de árvores. O Hospital Nossa Senhora das Graças teve a sua estrutura prejudicada. Os órgãos municipais realizaram centenas de atendimentos a residências, mas ainda não conseguiram consolidar um balanço.
“Ontem, as equipes trabalharam até tarde nos primeiros-socorros. Estamos muito focados nos atendimentos emergenciais. As prioridades são as famílias, as árvores e os postes que caíram e o restabelecimento da energia. Estamos trabalhando muito, mas ainda não temos o quantitativo”, explica o prefeito em exercício Nedy de Vargas Marques.
Já em Gravataí, pelo menos 40 casas foram destelhadas no bairro Rincão. A Casa do Bem, que recebe moradores de rua à noite, também sofreu avarias. Com isso, as pessoas em situação de vulnerabilidade foram realocadas no CTG Carreteiros da Saudade. As aulas estão suspensas, uma vez que 31 escolas do município foram danificados.
Outro prédio público prejudicado em razão do temporal foi o Centro Norte, que abriga as secretarias de Mobilidade, Obras, Serviços Urbanos, Segurança e a Central de Veículos de Gravataí. Enquanto isso, em Cachoeirinha, 120 famílias tiveram os telhados danificados. A distribuição de lonas ocorreu até às 4h. As escolas da cidade também estão fechadas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Vanderlei Marcos, as secretarias de Educação e da Saúde ainda estão contabilizando os danos causados aos prédios públicos. “Nós preparamos o nosso ginásio municipal, com 45 dormitórios, mas não precisamos utilizá-lo. Ninguém precisou sair de casa”, ressalta.
Outras três cidades somam prejuízos
Eldorado do Sul é outra localidade que suspendeu as aulas. Ao menos 500 famílias tiveram as casas destelhadas. “O pessoal que tem as telhas mais finas perdeu tudo. O vento causou pouco estrago, mas deu peso às pedras de gelo. Eu não lembro de uma destruição tão grande”, afirma o coordenador da Defesa Civil municipal, João Ferreira.
Nova Santa Rita e Guaíba foram atingidas com menos intensidade, e não precisaram alterar o funcionamento das escolas. A orientação é de que as pessoas afetadas pelo temporal, em qualquer cidade da Região Metropolitana, entrem em contato com a Defesa Civil pelo número 153. As ligações são gratuitas.