Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central reduziram de 7,11% para 7,02% a estimativa de inflação para este ano, na sétima queda seguida da previsão. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central em consulta com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
O índice ainda supera a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, que é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Entretanto, como aconteceu em 2021, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta. Para tentar aproximar o indicador anual da meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem elevando a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos.
O mercado financeiro também passou a estimar um aumento das expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 2% em 2022, contra 1,98% previsto anteriormente. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Já para a taxa básica de juros da economia, a estimativa do Relatório Focus é de 13,75% ao fim de 2022. No caso do dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para o saldo da balança comercial, a projeção dos analistas consultados pelo Banco Central recuou de US$ 68 bilhões para US$ 66,40 bilhões de resultado positivo em 2022.