A Justiça norte-americana divulgou, nesta sexta-feira, a motivação das buscas realizadas pelo FBI, o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, na mansão do ex-presidente Donald Trump em Palm Beach, na Flórida, no início desta semana. De acordo com o juiz Bruce Reinhart, que autorizou a operação, a solicitação para o cumprimento do mandado partiu do Departamento de Justiça, após suspeitas de que Trump tenha violado a Lei Federal de Espionagem, medida que proíbe a posse de registros sigilosos ligados à defesa dos Estados Unidos.
Segundo o The Wall Street Journal, foram apreendidas aproximadamente 20 caixas, incluindo 11 conjuntos de documentação confidencial, na residência do ex-presidente dos EUA. A publicação também detalha que parte dos registros confiscados continha a classificação “top secret”, o mais alto grau de sigilo aplicado a dados do sistema de inteligência do país.
Um dos documentos apreendidos guarda suposta relação ao perdão que livrou Roger Stone, aliado de Trump condenado em 2019 por mentir ao Congresso durante apuração sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016, de uma pena três anos de prisão. Outro material confiscado envolve um relatório sobre Emmanuel Macron, presidente da França.