Bolsonaro confirma que vai à posse de Moraes como presidente do TSE

Chefe do Executivo recebeu o convite pessoalmente nesta quarta-feira; cerimônia está prevista para o dia 16 de agosto

Foto: Reprodução / TV Brasil

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) deve ir à posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prevista para a próxima terça-feira em Brasília.

Bolsonaro recebeu o convite na noite dessa quarta-feira. Moraes e Ricardo Lewandowski, que vai ocupar a vice-presidência da Corte Eleitoral o entregaram pessoalmente. A reunião ocorreu no Palácio do Planalto e durou cerca de 40 minutos.

Moraes assume o novo cargo em meio aos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral, às urnas eletrônicas e aos ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado também é relator de diversos inquéritos em tramitação no STF tendo o presidente, filhos e aliados como alvo. Bolsonaro também já chamou o próximo presidente do TSE de “canalha” e “parcial”.

A última vez que os dois se encontraram havia sido em 19 de maio, durante cerimônia de posse de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O aperto de mãos entre eles ocorreu na semana em que o presidente entrou com uma queixa-crime contra o magistrado.

Na ocasião, Bolsonaro encontrou Moraes sentado, pediu para ele se levantar e o cumprimentou. Antes do início da cerimônia, o presidente e o ministro estiveram juntos na sala VIP, mas não se falaram.

Atritos
No dia 17 de maio, Bolsonaro ajuizou ação contra Moraes. O presidente avaliou que era injustificada a investigação no inquérito das fake news, que havia “um evidente excesso” e que não existiu “a ocorrência de nenhum crime nos fatos investigados”, além de afirmar que Moraes levantou informações inverídicas.

Um dia depois, Bolsonaro entrou com representação contra o ministro na Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando que houve abuso de autoridade no inquérito sobre as fake news. O relator, ministro Dias Toffoli, negou o prosseguimento da ação, ressaltando que os fatos descritos não trazem indícios, ainda que mínimos, de materialidade delitiva.