O prefeito de Bagé Divaldo Lara (PTB) e a esposa, Priscila, foram denunciados, pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pela prática de ‘rachadinha’ na Câmara de Vereadores do município, na região da Campanha. A acusação de corrupção passiva também envolve um secretário municipal e outras duas pessoas, que não tiveram as identidades reveladas pelo MP.
De acordo com a denúncia, os acusados são responsáveis por receber parte dos salários de duas funcionárias, entre 2008 e 2012. A prática, segundo o Gaeco, lesou as vítimas em aproximadamente R$ 50 mil ao fim do período relatado.
Conforme uma das vítimas, em 2008, época em que fazia campanha para vereador, o atual prefeito ofereceu um cargo em gabinete em troca da devolução de parte do salário e do valor de diárias, trato que se materializou a partir da posse, em 2009. Outra denunciante alega que o atual prefeito, então com mandato no legislativo municipal da cidade da campanha, em 2011, a indicou para um cargo na 7ª Coordenadoria Regional de Saúde em troca de entrega, em contrapartida, de parte do salário em dinheiro para outros três acusados na denúncia. Essa segunda funcionária relata, ainda, que entre o fim de setembro e o início de outubro de 2011, a esposa de Lara e um dos denunciados a procuraram em casa e solicitaram um empréstimo, em nome dela, para ser repassado ao então vereador, hoje prefeito de Bagé.
Em nota distribuída à mídia local, o prefeito disse que a denúncia é fruto de perseguição política devido à proximidade das eleições. “Denuncismo irresponsável e criminoso de esquerda, principalmente em período pré-eleitoral”, classificou, no comunicado.