O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vai avaliar, em sua nova reunião em setembro, a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, na próxima reunião, “com o objetivo de trazer a inflação para o redor da meta no horizonte relevante”. De acordo com a autoridade monetária, “dada a persistência dos choques recentes”, o Copom “seguirá vigilante e avaliará se somente a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente longo assegurará tal convergência”.
O Banco Central, revela o conteúdo da ata, avalia que políticas temporárias de apoio à renda devem estimular a demanda, e que o prolongamento dessas iniciativas pode elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação.
“Essa estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos, ao mesmo tempo que reflete o aperto monetário já empreendido, reforça a postura de cautela da política monetária e ressalta a in a incerteza do cenário”, registrou a ata.
No encontro realizado na última semana, que elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,75%, o BC debateu opções de política monetária. “Concluiu-se que um novo ajuste de 0,50 ponto percentual era apropriado frente a um ambiente de elevada incerteza”, registrou a autoridade monetária no documento.
Ainda de acordo com o Copom, a política monetária deve impactar a economia “mais fortemente” a partir do segundo semestre. “Apesar do estágio já significativamente contracionista da política monetária, que, considerando suas defasagens, deve impactar a economia mais fortemente a partir do segundo semestre deste ano”, assinala o colegiado.