O impacto da redução de 3,5% no preço do diesel anunciada pela Petrobras, e que passa a vigorar nesta sexta-feira, 5, terá impacto ‘modesto’ na inflação. A estimativa é do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz. A estatal informou que o preço do insumo em suas refinarias passa a ter uma redução de R$ 0,20 centavos, para R$ 5,41.
Conforme Braz, diferente da gasolina, reajustes no diesel têm pouco impacto direto no índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), a inflação oficial do País. Para ele, o maior efeito é indireto, na formação dos preços do frete, transporte público e energia.
“O impacto é modesto. A parcela indireta, no frete, transportes e energia, é maior. Quedas no preço do diesel podem evitar novos aumentos nesses produtos. Mas isso é difícil de medir”, diz Braz. O economista acredita que a redução vai contribuir com uma queda de apenas 0,01 ponto porcentual no IPCA em 30 dias.
Para efeito de comparação, o impacto das duas últimas reduções no preço do litro da gasolina da Petrobras, que caiu mais de 8% no total, deve ser entre 0,15 e 0,20 ponto percentual no IPCA de agosto. Ou seja, um impacto direto na inflação até 20 vezes maior que o da redução do diesel.
“O que pesa na inflação dos mais pobres são os alimentos, com alta na casa dos 14% em 12 meses”, afirma.