O ex-vereador e pré-candidato a deputado federal pelo Patriota, Jerônimo Guimarães Filho, foi morto a tiros de fuzil, na tarde desta quinta-feira, em Campo Grande, na zona Oeste do Rio. Jerominho, como era conhecido, é apontado como fundador, ao lado de um irmão, da ‘Liga da Justiça’, maior organização de milicianos do estado fluminense.
Segundo testemunhas, Jerominho havia acabado de sair, acompanhado pelo cunhado, de um centro social que mantinha no munícipio quando foi alvejado por três homens que passaram em um Cobalt. Atingido na perna e no abdômen, o parlamentar foi socorrido e levado ao Hospital Oeste Dor, mas não resistiu. Também baleado, o cunhado dele foi internado no mesmo local, com quadro estável de saúde.
Quem foi Jerominho
Ex-policial civil, Jerônimo Guimarães Filho foi vereador do Rio de Janeiro, pelo atual MDB, por dois mandatos, entre 2000 e 2008. Preso antes de terminar o último ano na Câmara do Rio, por acusação de chefiar a milícia ‘Liga da Justiça’, ele foi indiciado no ano seguinte, pela CPI das Milícias, apontado como líder da organização criminosa, e passou 11 anos recluso no sistema penitenciário federal.
Após ser absolvido da acusação de tentativa de homicídio de um motorista de van, Jerominho foi solto em 2018. Dois dias antes de ser preso novamente, no dia 27 de janeiro deste ano, acusado de extorsão, Jerominho havia anunciado na redes sociais que pretendia concorrer, pelo Patriota, ao cargo de deputado federal.
Após o Ministério Público do Rio de Janeiro avisar à Justiça que o ex-vereador já havia cumprido a pena pelo crime de extorsão. Foi, então, posto em liberdade em 1º de fevereiro.