O Brasil perdeu R$ 336,8 bilhões com o acúmulo de atividades ilegais como contrabando, pirataria, roubo, sonegação de impostos e furto de serviços públicos em 2021. A estimativa consta do estudo “Brasil Legal em Números”, produzido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), em parceria com a Federação do C parceria com a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Para fazer um alerta ao governo e a sociedade sobre os prejuízos causados pela ilegalidade, as entidades lançaram nesta quinta-feira, 4, o “Manifesto de Combate ao Brasil Ilegal”. No documento, o grupo defende ações de diferentes esferas do governo e a participação do setor privado na conscientização e combate ao comércio irregular.
Conforme o levantamento, R$ 95 bilhões deste total são relativos a tributos que o governo deixou de recolher com as atividades ilegais, além do prejuízo com o não criação de 535,7 mil empregos formais no país. O setor de vestuário foi o que mais sofreu, com um prejuízo estimado em R$ 60 bilhões, seguido pelos combustíveis, com R$ 26 bilhões, e por cosméticos e bebidas alcoólicas, que perderam, respectivamente, R$ 21 bilhões e R$ 17,6 bilhões.
Outro exemplo, segundo as entidades, são os furtos de energia elétrica, conhecidos como “gatos”, que somaram R$ 6,5 bilhões no ano passado. Com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o estudo aponta que o Brasil perde 15% da geração de energia por furtos.