A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, requerimento para que o empresário Marcos Valério detalhe a delação premiada sobre as relações entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
O requerimento é de autoria do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que avalia como “gravíssimas” as denúncias sobre o envolvimento do crime organizado na política brasileira, com “impactos diretos à soberania nacional e à integridade territorial do país”.
Reportagem publicada pela revista Veja mostra que Valério, condenado no processo do mensalão a 37 anos de prisão, afirmou em delação à Polícia Federal que ouviu informações sobre a relação do PT com a facção por parte de um dos integrantes do partido na época.
A notícia menciona, ainda, que o publicitário relatou que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva era chantageado por um empresário do ramo dos transportes para não revelar detalhes do esquema. No mês passado, a reportagem procurou o PT, que afirmou que não vai comentar “delações sem provas feitas por pessoas buscando benefícios judiciais”. A legenda voltou hoje a ser assinada pelo R7.
No mês passado, requerimento semelhante já havia sido aprovado na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. No documento, Eduardo Bolsonaro, o autor, alega que a oitiva se justifica “em face da nova delação prestada pelo senhor Marcos Valério e da recente repercussão e relevância das informações prestadas em seu depoimento”.
TSE mandou remover conteúdos ligando o PT ao PCC
O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, no dia 17 de julho, a remoção imediata de conteúdos falsos, por parte de parlamentares e sites, ligando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e à morte do ex-prefeito Celso Daniel.
Moraes também ordenou a exclusão de conteúdos que envolvem uma declaração de Lula sobre papel higiênico e suposta associação entre o PT, fascismo e nazismo. A decisão se deu após a legenda acionar a Corte e prevê multa de R$ 15 mil caso haja reincidência.
Na decisão, o ministro lista os conteúdos que divulgaram as notícias falsas – entre eles, há publicações de parlamentares aliados ao presidente Jair Bolsonaro, como Carla Zambelli (PL-SP), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ); sites, como Jornal da Cidade, Jornal Minas Acontece, e perfis, como ZaqueBrasil e Titio 2021.