TSE autoriza acesso de militares a código que permite coleta do voto da urna

Técnicos da Pasta devem ser levados à Corte, nesta quarta-feira, para reunião fechada sobre o sistema de votação

Foto: Ricardo Giusti/Correio do Povo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou o acesso de militares das Forças Armadas ao código-fonte das urnas eletrônicas, termo técnico para designar a base da programação que admite o funcionamento do programa que permite a coleta do voto dos eleitores. De acordo com informações obtidas pela Record TV e pelo portal R7, o acesso deve ocorrer durante uma reunião fechada, na sede do Tribunal, em Brasília, às 10h desta quarta-feira.

A abertura ocorre após a área técnica do TSE atender ao pedido do Ministério da Defesa, que solicitou a permissão de maneira “urgentíssima” por meio de um ofício enviado à Corte. A Defesa pediu ainda para ter o pleito atendido, no máximo, até 12 de agosto.

O acesso ao código-fonte da urna já havia sido autorizado, no ano passado, aos integrantes da Comissão de Transparência das Eleições, incluindo os militares. No entanto, era necessária a solicitação, segundo informações repassadas pelo Ministério da Defesa.

Além da permissão para verificar o código que permite o funcionamento dos equipamentos de votação, os militares pediram acesso e dados do Sistema de Apuração (SA), do Sistema de Votação (VOTA), do Sistema de Logs de aplicações SA e VOTA e do Sistema de Totalização (SisTot), que serão utilizados no processo eleitoral deste ano.

Os pedidos fazem parte de uma série de questionamentos e recomendações à Justiça Eleitoral sobre o pleito de outubro. É a primeira vez, em 26 anos de adoção da votação eletrônica, que as Forças Armadas expuseram questionamentos sobre segurança, integridade e auditoria da urna eletrônica.

O código-fonte permite que as respostas do equipamento às teclas apertadas pelo eleitor sejam programadas, conectando nome, foto e número do candidato. A urna não é conectada à internet, mas o código usado em todos os equipamentos é o mesmo.