Produção industrial tem queda de 0,3% em junho após quatro meses de alta, diz IBGE

Crédito: José Paulo Lacerda/CNI

A produção da indústria brasileira apresentou queda de 0,3% em junho comparado com maio, após quatro meses seguidos de crescimento. Os dados constam da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, o indicador teve alta de 0,3%.

A última queda da indústria havia sido registrada em janeiro deste ano (-1,9%). Na comparação com igual mês em 2021, a produção industrial caiu 0,5% em junho de 2022. No ano, a indústria acumula queda de 2,2% e recuo de 2,8% nos últimos 12 meses, acumulando 18% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011 e 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), com ambas interrompendo os avanços registrados nos meses de abril e maio de 2022 e que acumularam crescimento de 5,3% e 5,0%, respectivamente. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-2,0%), de metalurgia (-1,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%) e de outros equipamentos de transporte (-5,5%).

Por outro lado, entre as nove atividades em alta, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%) e indústrias extrativas (1,9%) exerceram os principais impactos em junho de 2022, com a primeira intensificando o crescimento verificado no mês anterior (3,8%); e a segunda eliminando parte da queda de 5,7% observada em maio último.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a maio de 2022, os bens de capital (-1,5%) tiveram a taxa negativa mais acentuada em junho de 2022, após subirem 7,5% em maio e caírem 8,0% em abril. Os setores produtores de bens intermediários (-0,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,7%) também recuaram nesse mês.

Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (6,4%) apontou a única taxa positiva em junho de 2022 e intensificou o crescimento verificado no mês anterior (4,1%).