Após mais de três anos como titular da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Marco Aurélio Cardoso decidiu deixar a Pasta. O anúncio ocorreu na tarde desta terça-feira, no Palácio Piratini. Cardoso deve retornar ao Rio de Janeiro, estado de origem dele.
Segundo o governador Ranolfo Vieira Junior, a decisão, que partiu do próprio secretário, teve caráter pessoal e, desde o início de julho, o pedido vinha sendo trabalhado. Durante coletiva de imprensa, o chefe do Executivo aproveitou para agradecer e elogiar o trabalho realizado pelo agora ex-secretário.
“Conseguimos grandes avanços durante a gestão do secretário Marco Aurélio. Ele participou desde o início do governo, de todas aquelas transformações e projetos estruturantes e administrativos fundamentais para que nós pudéssemos chegar ao momento que chegamos no dia de hoje. Além disso, eu considero que ele foi uma peça fundamental no tocante a adesão ao regime de recuperação fiscal”.
Já Marco Aurélio Cardoso reforçou que a saída do cargo se deu em função de “circunstâncias pessoas e familiares”. O ex-secretário, que afirmou que deve passar por um período de férias, enalteceu o trabalho da equipe da Sefaz.
“Foi um tempo que eu levarei com uma memória de muito orgulho e satisfação. Quero fazer um reconhecimento à equipe da Sefaz, aos servidores que trabalharam junto com todos nós, além das equipes das outras secretarias”, declarou.
No lugar de Marco Aurélio, assume o atual secretário estadual extraordinário de Parcerias, Leonardo Busatto. Durante o anúncio, ele destacou que entra na Pasta em um momento distinto ao de 2016, quando era sub-secretário do Tesouro. Busatto também salientou que espera dar continuidade ao trabalho do antecessor.
“Espero poder estar à altura de uma casa centenária como a Sefaz, e concluir o trabalho que o secretário Marco Aurélio conduziu nos últimos três anos e meio”.
Em um primeiro momento, o novo titular da Fazenda não deixa a Pasta de Parcerias e acumula as duas funções. De acordo com o governador, a medida decorre do andamento das concessões em território gaúcho, entre elas a do Cais Mauá, cujo edital deve ser publicado em setembro, e a da Corsan.
Recursos para estradas: destino ainda incerto
Questionado sobre os R$ 500 milhões que o governo previa destinar para investimentos em rodovias – em um pedido barrado pela Assembleia Legislativa, – Ranolfo Vieira Junior afirmou que há uma vontade política da gestão em repassar parte desse montante para o combate à fome. No entanto, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) estuda uma alternativa em função do período eleitoral. Uma decisão mais concreta deve ser anunciada até o início da semana que vem.
