Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta terça-feira (02), o presidente Jair Bolsonaro prometeu a correção da tabela do Imposto de Renda para 2023. Conforme o presidente, uma proposta já estaria sendo trabalhada com o Ministério da Economia para 2023, mas não adiantou detalhes da mudança.
“Já está conversado com o Paulo Guedes. Vai ter atualização da tabela do imposto de renda para o próximo ano. Está garantido já. Não sei o percentual ainda, mas vamos começar a recuperar isso daí. Porque tá virando, na verdade, um redutor de renda. E não uma tabela”, disse.
Ele também falou sobre a redução no preço dos combustíveis, mais reiterou que seu governo não influencia as ações da Petrobras.
“Não interferimos na política de Petrobras. Eu zerei o imposto federal da gasolina, etanol e do diesel. A redução dos impostos veio com o estabelecimento do teto do ICMS e quem influencia isso são os governadores. O Congresso e o Parlamento decidiram colocar um teto. Eu sei que no primeiro momento houve relutância, alguns estados do Nordeste foram contra isso, mas acabou se tornando uma realidade”, disse Bolsonaro.
O chefe de Estado destacou ainda que o governo agiu para colaborar com os estados que atuam como produtores de etanol. “Nós lutamos, por mais de um ano, e conseguimos aprovar a venda direta do etanol. Não tem mais intermediário. A partir daí, o preço em alguns locais já está abaixo dos R$ 4. É mais uma medida tomada antes da crise, antes da guerra da Ucrânia”, salientou.
Questionado sobre a relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e se ela pode ir além dos quatro anos, Bolsonaro disse que o relacionamento não tem um prazo previamente definido.
“O nosso casamento não tem data de validade. Eu passei por momentos difíceis”, comentou antes de dizer que tenta manter a rédea curta com os comandantes dos ministérios.
“Eu perturbo todo mundo. Tiro print e mando para todo mundo. Peço para tomar providência quando algo está fora do lugar e prejudicando o povo. A gente faz a nossa parte e tenta se antecipar aos problemas. Eu não dou sossego para ministro, nem para secretário. Eu sou o técnico e apenas distribuo missões”, acrescentou.
*com Jornal Correio do Povo