O Índice de Confiança Empresarial (ICE) apresentou queda de 0,3 ponto em julho ante junho, para 98,5 pontos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 01, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sendo a primeira queda após quatro meses seguidos de alta.
“A piora das expectativas nos quesitos que miram os seis meses seguintes sugere preocupação das empresas com uma possível desaceleração no último trimestre do ano. Entre os fatores que podem estar influenciando nesta cautela estão o aperto monetário interno, as perspectivas de desaceleração da economia mundial e a baixa confiança do consumidor”, diz a nota divulgada pela FGV.
Na passagem de junho para julho, apesar da queda no ICE agregado, a FGV chamou a atenção para o fato de que a dinâmica do setor de serviços está em trajetória mais positiva do que os demais. “No sentido contrário à média, o Setor de Serviços continua mostrando pujança e atinge o maior nível de confiança dos quatro grandes segmentos pesquisados, algo que não ocorria desde maio de 2012”, diz a nota da entidade.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,3 ponto, para 100,3 pontos, no maior nível desde agosto de 2021, quando ficou em 100,5. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 2,1 pontos, para 93,7 pontos, puxando a queda do ICE agregado. É o menor nível desde abril passado, quando ficou em 94,4 pontos.
Apesar da queda no ICE agregado na passagem de junho para julho, 59% dos 49 segmentos empresariais pesquisados nas sondagens de confiança da FGV registraram alta. Em junho, a difusão do resultado positivo atingiu 63% dos segmentos pesquisados. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.940 empresas dos quatro setores entre os dias 1 e 27 de julho.